Aprendendo a Enxergar a Luz...
1989 – eu tinha 10 anos, nossa casa era dividida com a empresa do meu pai - Estúdio A. Na parte da frente, uma varanda, um escritório, um estúdio e um pequeno laboratório P&B. Nos fundos, um quintal onde eu e meu irmão brincávamos muito. E mais atrás um barracão onde foi instalado um laboratório para fotos a cores. Apesar de não entender muito os processos, gostava de ficar ali vendo meu pai revelar e ampliar as fotos, e ajudava no que era permitido…

A magia das imagens surgindo quando o papel era colocado naqueles líquidos me encantou e, confesso, me encanta até hoje!
Fonte: CIVITA, Victor. Fotografia: manual completo de arte e técnica. Abril Cultural: São Paulo,1978.
1991/92 – Já havíamos nos mudado de endereço, mas a empresa continuava junto à residência. Via meu pai preparando químicos, havia um funcionário laboratorista, mas sempre que dava, eu ia para o laboratório e ficava secando as fotos na secadora.

A empresa dos meus pais era, na época, um dos principais estúdios de fotografia de eventos sociais em BH. Havia vários funcionários e inúmeros fotógrafos e cinegrafistas que faziam parte da equipe.

Vendo todo aquele movimento, decidi que queria aprender a fotografar e então pedi a meu pai que me ensinasse. Ele pegou o livro que havia usado para aprender a fotografar e me entregou dizendo que quando eu terminasse de ler, poderia conversar com ele de novo sobre o assunto... em uma semana eu já o havia devorado! 

Eu estava ávida para pôr as mãos em uma câmera...
Mas não foi isso que aconteceu... após muita insistência, meu pai me deixou fazer a segunda luz durante as sessões em estúdio. Ele usava dois flashes Frata 140, sendo que um (1ª luz) ficava com ele e o outro (2ª luz) era eu quem posicionava. De início, ele me dizia onde queria que o tripé fosse colocado.

Com o tempo, fui aprendendo a enxergar a luz...​​​​​​​
Fonte: CIVITA, Victor. Fotografia: manual completo de arte e técnica. Abril Cultural: São Paulo,1978.
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